São Luís do Maranhão, conta sua história através de seu rico artesanato, imagens religiosas e tecelagens que reproduzem símbolos encontrados em sítios arqueológicos expressam a riqueza artesanal de Piauí e Pernambuco. Mescla de índios, negros e brancos o cearense é um dos povos mais alegres do Brasil. Em sua arte, o cearense aplica os ensinamentos das raças que o formaram. No Rio Grande do Norte o bordado representa a principal atividade econômica da mão-de-obra feminina. Na Paraíba, a população mais pobre encontra esperança e alternativa de sobrevivência no artesanato.
O bordado Boa-Noite da Ilha do Ferro em Alagoas e o Rendedê dos Sergipanos. E no Berço do Brasil e da liberdade de expressão artística, a Bahia cultua variadas formas de artesanato.
Alternativa de ocupação e renda na sociedade piauiense, o artesanato tem importância secular. Em Pedro II encontramos o mais expressivo centro de produção de tecelagem manual do Estado. Ali se confeccionam de forma constante, redes, mantas, tapetes, mochilas e bolsas. Na Ilha Grande de Santa Isabel, onde é abundante a palha de carnaúba, cestaria e trançados despontam numa grande variedade de objetos utilitários e tapetes.
Mescla de índios, negros e brancos o cearense é um dos povos mais alegres do Brasil. E criativo, também: eles dominam várias técnicas e conseguem transformar argila, madeira, couro, fios finíssimos como a linha ou rústicos como o cipó empeças de arte. Na cadência dos bilros as mulheres vão tecendo filigramas: assim nascem as rendas, também conhecidas como "da terra". O artesanato de redes, exercido por mulheres em teares verticais, também tem forte presença no litoral cearense, principalmente no município de Itarema, cuja população é remanescente dos índios Tremembé. O artesanato de redes, exercido por mulheres em teares verticais, também tem forte presença no litoral cearense, principalmente no município de Itarema, cuja população é remanescente dos índios Tremembé.
Pelos caminhos da Renascença - De origem belga, essa técnica de bordado, vinda para o Brasil através de congregações religiosas, espalhou-se praticamente por toda a região nordeste. No Rio Grande do Norte ela representa a principal atividade econômica da mão-de-obra feminina: grupos de mulheres e meninas reúnem-se diariamente para o aprendizado e exercício do ofício. É comum suas peças ficarem dispostas em varais e nos beirais das janelas à espera que ali depositemos nossos olhares de admiração e encantamento.
O artesanato representa uma vertente muito favorável ao desenvolvimento da zona rural da Paraíba, como mostra o Projeto Esperança - a Boneca do Sertão. De confecção totalmente manual, utiliza-se de matéria-prima local, dispensando tecnologia sofisticada. Em Caruaru, cidade pernambucana, a poucos quilômetros do Recife, existe uma feira famosa, cuja separação dos animais é folclórica. Em um canto ficam "os bichos de dois pés" (galinhas, patos), em outro canto ficam "os bichos de quatro pés" (bodes, carneiros, bois). Há também montes e montes de cerâmica utilitária e bancas de cerâmica figureira.
Distante 18 km do município de Pão de Açúcar, em Alagoas, nas águas do Velho Chico, encontramos a Ilha do Ferro. Nessa paisagem belíssima vivem não mais que 200 famílias acolhedoras. Acompanhando a mansidão das correntes e sob uma brisa constante, as mulheres dedicam-se a um trabalho que não encontra paralelo em outra parte do país: o bordado Boa-Noite. A técnica consiste em amarrar grandes peças de algodão branco umedecido em bastidores de madeira, ao secar, o tecido estica e tensiona e permite que a agulha corra abrindo janelinhas, trançando relevos primorosos, sempre obedecendo a uma perfeita geometria.
Terra do rendendê e de ricos bordados. O artesanato de Sergipe é tão diversificado quanto às culturas que se estabeleceram naquele Estado a partir do século XVI.
Difundida por todos os cantos da capital e do interior, essa atividade está mais concentrada na região semi-árida. De lá sai à maior produção artesanal do Estado. Peças de qualidade onde se destacam as rendas, os bordados e a tecelagem. Corruptela da palavra holandesa hardanger, o rendendê é uma das práticas artesanais que melhor representa essa síntese cultural do povo sergipano.
Com as bênçãos do Senhor do Bonfim o cultuado sincretismo baiano oferece ao artista popular inúmeros temas para suas obras. Em suas mãos, a massa de modelar ganha forma da tradicional baiana, essa mulher mágica, de vestido branco rendado, fartamente rodado, que encontramos pelas praças e esquina oferecendo saborosos acarajés ou perfumando as escadarias da Igreja do Bonfim. Quando a matéria-prima é o barro, as criações dividem espaço entre o sagrado e o utilitário.
Assim nascem orixás majestosos, reverenciados em todos os cantos do mundo, e também vasos, caçarolas, panelas e fogareiros. A musicalidade natural do baiano está expressa num ícone: o berimbau, instrumento de origem africana, incorporado ao rito da capoeira e homenageado nas miniaturas feitas de pequenas cabaças.
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